Acusado de encomendar morte de empresário usou celular de presídio em Palmas para fazer ameaças, diz polícia

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Relatório indica que Bruno Teixeira teria usado celular que presídio disponibiliza aos detentos para falem com advogados para ameaçar outras pessoas. Ele está preso acusado de encomendar execução de Elvisley Costa. Bruno Teixeira é acusado de mandar matar empresário em Palmas
Reprodução/TV Anhanguera
Uma investigação da Polícia Civil do Tocantins revelou que Bruno Teixeira da Cunha, acusado de ser o mandante da morte do empresário Elvisley Costa, usou um celular institucional da Casa de Prisão Provisória de Palmas pra fazer ligações e enviar mensagens em tom ameaçador para conhecidos. O aparelho é disponibilizado pela CPP para que detentos falem com advogados durante a pandemia e não pode ser utilizado para contatar outras pessoas.
A Secretaria de Cidadania e Justiça, responsável pelos presídios do Tocantins, foi procurada para comentar o caso, mas ainda não se manifestou. A defesa de Bruno Teixeira disse desconhecer a informação sobre o celular. Ele sempre negou ser o mandante do crime.
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A informação consta em um relatório de cinco páginas assinado nesta quinta-feira (3) por agentes da Delegacia de Homicídios de Palmas. O documento traz trechos de um Boletim de Ocorrência onde um sócio de Bruno alega estar sendo ameaçado de morte depois de desfazer um acordo porque os cheques do preso não tinham fundos.
As mensagens e chamadas eram feitas de um celular da Secretaria de Cidadania e Justiça. O aparelho é usado atualmente por que a pandemia fez com que os contatos entre presos e advogados ocorram apenas de forma remota.
Elvisley Costa de Lima foi assassinado dentro de caminhonete
Divulgação
O aparelho vai passar por perícia e os técnicos devem tentar resgatar as chamadas e mensagens, mesmo que tenham sido apagadas.
Bruno Teixeira está preso em Palmas desde outubro, após ficar um ano e meio foragido. Ele foi encontrado em Santa Catarina.
O assassinato de Elvisley Costa de lima foi em janeiro de 2021 na avenida Palmas Brasil. A motivação seria a cobrança de uma dívida. Bruno estava presente no momento do assassinato.
A esposa da vítima, Vanusa Camelo, participou nesta quinta da primeira audiência do caso, feita de forma virtual. Ela disse que ainda aguarda Justiça.
A audiência durou mais de oito horas e as testemunhas do caso foram ouvidas. O procedimento é para definir se o caso irá à júri popular.
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Fonte: G1 Tocantins