Operação contra o trabalho escravo resgata 12 pessoas no Tocantins

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Ainda não foi informado qual o local exato do resgate. Todos eram trabalhadores rurais que estavam vivendo em barracos de lona.

Foi apresentado nesta quinta-feira (28) o primeiro balanço da ‘Operação Resgate’, força tarefa que investiga denúncias de trabalho escravo em todo o país desde o dia 13 de janeiro. No Tocantins, de acordo com o balanço, 12 pessoas já foram resgatadas. Todas eram trabalhadores rurais que estavam vivendo em barracos de lona. O local exato em que elas foram encontradas ainda não foi informado.

Em todo o país foram realizados 140 resgates. Além da situação dos trabalhadores rurais no Tocantins foram identificados casos em carvoarias, garimpos ilegais, plantações, trabalhadores domésticos e até casos em parques de diversão. No Rio Grande do Sul, dois dos resgatados eram deficientes físicos.

A operação é um trabalho conjunto do Ministério Público do Trabalho (MPT), Polícia Federal (PF), Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério da Economia, Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública da União (DPU).

A força-tarefa informou que esta é a maior operação já realizada contra o trabalho escravo no país. A maior parte das ações foi entre os dias 18 e 25 de janeiro e houve fiscalizações em 23 unidades da federação. Quanto a autuações e multas foi divulgado apenas o total nacional, sem separação por estados.

“Ao todo, foram realizadas até o momento 64 ações fiscais, lavrados 360 autos de infração e identificados 486 trabalhadores sem registro na carteira de trabalho. Serão destinados cerca de R$ 500 mil em verbas rescisórias aos trabalhadores flagrados em condições análogas à escravidão e cada um deles terá direito a três parcelas do seguro-desemprego”, diz um trecho da nota divulgada pela força-tarefa.

A operação continua em andamento, o balanço parcial foi divulgado nesta quinta para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. A data foi criada em homenagem aos auditores-fiscais do Trabalho Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves, além do motorista Aílton Pereira de Oliveira, que foram assassinados em Unaí, no dia 28 de janeiro de 2004, quando investigavam denúncias de trabalho escravo.

Por: G1 Tocantins